terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ICIEG comemora Dia da Erradicação da violência contra a Mulher no Fogo

O Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade (ICIEG) escolheu este ano, a ilha do Fogo, para comemorar o dia 25 de Novembro - Dia Internacional da Erradicação da Violência contra a mulher.

Segundo dados das Nações Unidas revelam que uma em cada três mulheres no mundo já foi espancada, coagida sexualmente ou vítima de algum tipo de abuso.

Em Cabo Verde, de acordo o IDSR (2005), feito pelo INE, cerca de 22% das mulheres em idade compreendida entre 15-49 anos inqueridas afirmaram serem vítimas de VBG. Os índices mais elevados verificam-se na ilha do Fogo com 34%, seguido de Santiago com 27%, o e Sal 25% e o menor índice encontra-se na ilha de S. Vicente. O maior índice de incidência da violência se dá entre as mulheres divorciadas ou separadas, com 37%. Entre as unidas é de 25% e entre as casadas de 16%.

Assim, para assinalar este ano o Dia Internacional da Erradicação da Violência contra a mulher, o lema escolhido foi “Fim da violência contra as mulheres, Nós, todos e todas, devemos nos unir”.

O ICIEG, aproveitando a IV Reunião Nacional das Redes de Atendimento às Vítimas de Violência Baseada no Género, realizada este ano, na Cidade de São Filipe e na qualidade da entidade Coordenadora das Rede de Atendimento à Vítimas de Violência Baseada no Género, resolveu comemorar esta data, com a abertura de mais um Gabinete policial, na Esquadra Policial daquele município.

Neste quatro anos da implementação do Plano Nacional da Violência Baseada no Género (PNVBG) deu-se continuidade à criação e funcionamento de Redes Locais de Apoio às Vitimas de Violência Baseada no Género, estando implementadas em 5 das 9 ilhas habitadas do arquipélago (Santiago, S. Vicente, Fogo, Sal e Santo Antão).

Estas redes garantem às vítimas o apoio jurídico, psicológico, social, policial e médico gratuito. De acordo com os dados disponíveis, desde 2006, foram atendidas pela rede 3.273 mulheres. Do total de atendimentos 19,6% foram realizados em 2007, 27,8% em 2008, 36,9% em 2009, e 15,5% no primeiro trimestre de 2010.

O aumento dos atendimentos mostra que as mulheres estão a consciencializar que a violência baseada no género é um fenómeno de desigualdade e fundamentada em relações desequilibradas de poder por isso procuram apoio para romper com o ciclo e recomeçar.

Paralelamente as redes contabilizam agora sete Gabinetes Policiais Especializados de Atendimento as Vítimas de VBG – dois dos quais na capital do país (cidade da Praia).

Fonte: www,icieg.cv