segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Funcionamento do gabinete

O gabinete de atendimento às mulheres abriu as suas portas no passado dia 06 do corrente e tem funcionado de segunda a sexta das 08 às 15:30. O gabine tem funcionado com duas técnicas que participaram na formação dada em S.Filipe no passado mês de Dezembro pelas técnicas do ICIEG, um técnico que tem recebido formação em exercicio, uma auxiliar de limpeza e duas tecnicas superiores, uma psicologa e uma sociologa que têm apoiado voluntariamente.
Para alem de atendimento das mulheres vitimas de violência doméstica, os técnicos tem feito visitas domiciliárias nas zonas mais criticas da cidade.
Ainda há um certa reserva da parte das pessoas em procurar o apoio do centro mas se calhar é por desconhecerem o telefone do gabinete que é 2811467.
Tambem o gabinete pretente a curto prazo ter uma linha verde em que as pessoas poderão telefonar gratuitamente.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Diagnóstico sobre violência doméstica em São Filipe apresenta dados preocupantes


O diagnóstico realizado pelo gabinete de aconselhamento às vítimas de violência doméstica, “Vidactiva”, em São Filipe, revela que, num universo de 30 mulheres dos bairros da Achada de São Filipe, Congresso e Beltches, 57 por cento dizem ter sido vítimas de violência doméstica. O estudo revela ainda que 43% são agredidas diariamente.
A apresentação do resultados acontece hoje, sexta-feira, a partir das 16h00, na sala de reuniões da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Para a socióloga e apresentadora do estudo, também membro do gabinete de aconselhamento às vítimas de violência doméstica, “Vidactiva”, Lia Medina, os números apresentados mostram uma realidade preocupante.
A amostra é constituída por 30 mulheres, com idades compreendidas entre os 19 e os 45 anos, sendo a idade média os 30 anos. A grande maioria das participantes no inquérito são mulheres solteiras ou a viverem em situação de união de facto (cerca de 86%) e 10% são casadas, conforme o estudo.
A agressão física mais comum são os socos - em 36% dos casos é a única forma de agressão - nos outros casos surge aliada a outros métodos. Cinquenta e seis por cento das mulheres responsabiliza o álcool pelas agressões, contudo apenas 21% responsabilizou apenas o álcool. Das agredidas, 57% apresentaram queixa na polícia.
As mulheres mais sujeitas à violência domestica vivem ou habitam maioritariamente em Beltches e Congresso, e têm idades compreendidas entre os 20 e os 45 anos, geralmente são solteiras, e não possuem mais do que o ensino primário.
O estudo revela ainda que as mulheres são vítimas de violência, verbal, psicológica e física. A violência física é mais frequente e os motivos mais comuns são o álcool, ciúmes e a suspeita de traição. Geralmente, nestes casos, as mulheres procuraram soluções junto dos familiares, nos médicos e na polícia.
O estudo deixa como recomendações que as mulheres desempregadas criem o seu próprio emprego, através de acções de formação em diversas áreas, bem como de acesso ao micro-crédito, já que trabalhar melhora a auto-estima das vítimas.
O inquérito, realizado nos três bairros da cidade - Achada São Filipe, Congresso e Beltches - faculta dados sobre o grau de escolaridade destas mulheres, mostrando que cerca de 60% apenas têm a escolaridade primária. Cerca de 70% destas mulheres abandonou os seus estudos, e uma afirmou mesmo nunca ter frequentado a escola.
Cerca de 60% das mulheres declararam estar desempregadas ou financeiramente dependentes de terceiros.
O inquérito foi realizado nos meses de Novembro/Dezembro, nas periferias da cidade de São Filipe. Além da violência doméstica, o estudo fez um quadro da situação do consumo de álcool, vida sexual reprodutiva e aspectos socio-económicos das mulheres desta cidade.

Nicolau Centeio
in asemanaonline

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Inauguração do gabinete VidAtiva

Aconteceu no dia 19 de Dezembro a inauguração do Gabinete de atendimento à mulher.O acto foi presidido pelos senhores Ministro do Trabalho,solidariedade e Família, Dr Sidónio Monteiro e o Superintendente da Igreja do Nazareno em Cabo Verde, Rev David Araújo. Também esteve presente a Presidente da Battered Women of Cape Verde Islands, Arminda Pires. O acto ainda contou com altas individualidades do concelho de S.Filipe, membros da sociedade civil, incluindo algumas vítimas de violência doméstica.